O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (PL-RS), declarou nesta terça-feira (15) que a internação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não prejudica a tramitação do projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. O Partido Liberal, de Bolsonaro, já protocolou o requerimento de urgência para votação da proposta, obtendo 262 assinaturas válidas.
“O presidente está em resguardo. O principal tema neste momento é a saúde dele, mas (a internação de Bolsonaro) em nada prejudica a tramitação (do PL da Anistia)”, afirmou Zucco a jornalistas. O deputado destacou que o partido pretende estabelecer “um diálogo franco com o presidente Hugo Motta” para que o projeto seja pautado no plenário ainda na próxima semana.
O deputado visitou o hospital DF-Star, em Brasília, onde Bolsonaro se recupera de uma cirurgia de 12 horas para reconstrução da parede abdominal, mas não teve acesso ao ex-presidente, cujas visitas estão restritas à família e equipe médica. Segundo o líder da oposição, Bolsonaro não tem mantido contato com aliados políticos durante a recuperação.
Zucco descreveu o estado do ex-presidente: “Ele estava muito feliz com esse roteiro (de viagens) que estava sendo feito, mas sentiu muita dor”. Zucco expressou preocupação com a saúde de Bolsonaro, lembrando que se trata de “um senhor de 70 anos que passou por sete cirurgias”.
Sobre os hábitos alimentares do ex-presidente, comentou: “Ele come pastel, come sanduíche, come tudo. Já estava sentindo algum tipo de incômodo e um incômodo repentino e maior o fez buscar ajuda”.
A antecipação do pedido de urgência para o PL da Anistia foi uma resposta da oposição ao que Zucco classificou como pressão do governo e do Supremo Tribunal Federal “de forma política” para que parlamentares retirassem suas assinaturas do requerimento.
O líder da oposição manteve o tom otimista sobre as chances de votação da proposta, apesar da ausência física de Bolsonaro no cenário político durante o período de recuperação.
O projeto de anistia tem gerado intensos debates no Congresso, com a base governista criticando a iniciativa e defendendo que eventuais revisões de pena devem ser decididas exclusivamente pelo Poder Judiciário.
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