A Paraíba enfrenta um cenário preocupante no abastecimento hídrico. Dos 136 reservatórios monitorados pela Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), 42 estão em situação crítica, operando com menos de 10% de sua capacidade total. Os números refletem, sobretudo, a severidade da estiagem nas regiões do Cariri e Curimataú, as mais afetadas neste período.
De acordo com Wellington Barbosa, subgerente de Monitoramento Quali-Quantitativo da Aesa, a redução no volume dos açudes é comum nesta época do ano. No entanto, o especialista destaca um agravante: os últimos aportes não foram suficientes para elevar os níveis dos reservatórios, especialmente nas áreas mais secas do estado.
“A região de Taperoá está entre as que mais têm sofrido com a falta de chuvas”, afirmou Barbosa, reforçando que a estiagem prolongada tem pressionado ainda mais os mananciais locais.
Mesmo diante do quadro crítico, a Aesa informou que os açudes abastecidos pelas águas da Transposição do Rio São Francisco permanecem em situação de normalidade, inclusive aqueles situados no próprio Cariri, região historicamente castigada pela seca.
96 cidades em situação de emergência
O impacto da estiagem levou 96 municípios paraibanos a decretarem situação de emergência. Todas as cidades tiveram o reconhecimento oficial do Governo Federal, o que permite o acesso a recursos destinados a ações de defesa civil.
Com isso, os municípios poderão solicitar apoio para:
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compra de cestas básicas,
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fornecimento de água mineral,
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oferta de alimentação para trabalhadores e voluntários,
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distribuição de kits de limpeza, higiene pessoal e dormitório, entre outras medidas.
A situação hídrica no estado segue em monitoramento constante pela Aesa, que reforça a importância do uso consciente da água enquanto se aguarda a regularização das chuvas nas próximas estações.


