O clima político em Cabedelo ganhou um novo capítulo de tensão após a reação do deputado estadual Walber Virgolino (PL) às provocações feitas pelo vereador Márcio Silva (União Brasil). Nesta semana, Márcio publicou um vídeo nas redes sociais desafiando o parlamentar a realizar exames toxicológicos para uso de maconha e cocaína, além de insinuar incoerências em sua trajetória política e pessoal.
Em resposta, Walber Virgolino foi a um hospital filantrópico nesta sexta-feira (14), onde realizou exames de sangue e urina para rebater as acusações. No entanto, durante sua fala, o deputado acabou gerando forte repercussão ao afirmar que aproveitou a ocasião para fazer também o exame de HIV, afirmando: “Daqui a pouco estão me chamando de gay.”, disse em declaração que repercutiu na Rádio Arapuan FM, nesta sexta-feira (14)
OUÇA!
A frase rapidamente repercutiu negativamente, sendo apontada como preconceituosa e reforçando estigmas contra pessoas LGBTQIA+ e pessoas vivendo com HIV.
O parlamentar também negou qualquer envolvimento com drogas e declarou manter hábitos saudáveis:
“Sou atleta, durmo cedo, acordo cedo. Nunca utilizei drogas ilícitas. Bebo socialmente, mas nunca fui visto desrespeitando a lei ou a sociedade.”
Durante sua fala, Walber ainda voltou a atacar Márcio Silva e seus aliados políticos. Ele afirmou que o vereador estaria sendo orientado por terceiros e lembrou que Márcio responde a uma ação judicial em que é acusado de ligação com o tráfico de drogas e compra de votos nas eleições de 2024.
“Quem lê o processo sabe que é inevitável a cassação dessas pessoas. Eles partem para o desespero e usam de artimanhas diversas”, declarou.
O deputado também defendeu sua trajetória profissional e patrimonial, afirmou ter todos os bens declarados à Justiça Eleitoral e citou sua atuação como delegado, professor e suas especializações acadêmicas.
“Ganhei reconhecimento nacional e internacional pelo combate ao tráfico de drogas. Márcio Silva será responsabilizado pela Justiça”, concluiu.
A declaração envolvendo o exame de HIV, no entanto, deve ganhar o debate público.
Redação


