O supertelescópio espacial James Webb fez a captura com o melhor nível de detalhes até agora das auroras brilhantes de Netuno. As imagens foram divulgadas pela Nasa nessa quarta-feira (26/3) e os resultados foram publicados na revista científica Nature Astronomy.
Sinais dessas auroras foram detectados pela primeira vez em luz ultravioleta durante a passagem da sonda Voyager 2, em 1989. Agora, o telescópio Webb registrou as luzes cintilantes de Netuno em luz infravermelha, fornecendo evidências diretas de sua existência.
O que são as auroras?
Em qualquer planeta, as auroras ocorrem quando partículas eletricamente carregadas vindas do espaço entram e colidem com moléculas na atmosfera, desencadeando uma série de reações que emitem luz.
Na Terra, as auroras tendem a ocorrer perto das regiões polares, produzindo os espetáculos conhecidos como luzes do Norte (aurora boreal) e do Sul (aurora austral).
Os cientistas estudam as auroras de Saturno e Júpiter há décadas, mas Netuno, o planeta mais distante do Sol, tem sido mais difícil de observar de perto.
De acordo com o cientista planetário da Universidade de Reading e coautor do novo estudo, James O’Donoghue, as auroras de Netuno ocorrem próximas às latitudes médias do planeta, e não nas regiões polares, devido às diferenças em seu campo magnético, que determinam a extensão dessas luzes.
Os pesquisadores também revelaram que a atmosfera de Netuno esfriou significativamente desde os anos 80, o que pode ter diminuído um pouco o brilho das auroras.