Kamala Harris tem tido bons resultados nas últimas pesquisas eleitorais — Foto: Divulgação via Reuter
Kamala Harris (Partido Democrata) aparece à frente de Donald Trump (Partido Republicano) no agregado das pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2024. Neste domingo (4), a estimativa feita pelo modelo estatístico de Nate Silver, especialista americano em previsões políticas, colocou a atual vice-presidente com 51% de chances de conquistar a maioria dos votos no colégio eleitoral, uma vantagem de 1,4 pontos porcentuais em relação a Trump.
A análise leva em consideração pesquisas nacionais e estaduais de intenção de voto, avaliadas a partir de índices de confiabilidade, além de uma série de variáveis como eleitores registrados, eleitores prováveis e até a presença (ou não) do candidato independente Robert Francis Kennedy Jr. no questionário. Silver alerta que a liderança está longe de significar uma vitória de Harris no dia 5 de novembro.
“Embora a corrida ainda seja incerta, Harris está na frente de Trump na nossa média nacional de pesquisas”, avaliou o analista.
No monitoramento de intenções de voto por estado, Harris teve ganhos em oito estados decisivos ao longo da última semana: Pennsylvania, Wisconsin, Michigan, Georgia, Arizona, Virginia, New Hampshire e Minnesota. A democrata está na frente em seis deles, enquanto Trump leva vantagem apenas na Georgia e Arizona.
O foco em oito estados ocorre porque as eleições presidenciais americanas são realizadas de forma indireta. O partido que vencer em cada estado elege um número fixo de delegados, que representarão os eleitores na hora de votar para presidente.
Estados como Califórnia, de enorme maioria democrata, ou Alabama, com maioria republicana, não são considerados “decisivos” por votarem historicamente para um partido, com chances mínimas de mudança na preferência. Por conta disso, a campanha dos candidatos e as pesquisas eleitorais enfatizam estados onde há incerteza se a maioria será democrata ou republicana.
Kamala assumiu o posto que seria do atual presidente Joe Biden, escolhido nas eleições primárias do partido como candidato do partido. Em julho, Biden desistiu de participar do processo e apoiou sua atual vice como substituta. Harris reanimou a base de eleitores democratas, com efeito imediato em sua campanha de arrecadação de fundos, que em poucos dias recebeu mais de US$ 200 milhões.
A mudança também teve impacto positivo em pesquisas eleitorais, nas quais ela tem obtido melhores resultados na comparação com o atual presidente.
COM INFORMAÇÕES GLOBO