
Arlanza Jéssica foi assassinada com golpes de tesoura em seu apartamento, em Patos (Foto: Redes Sociais)
Uma juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Patos, no Sertão da Paraíba, deferiu pedido da defesa e autorizou a transferência do militar reformado Lúcio Ramay Oliveira Freitas, de 44 anos, para um batalhão do Exército em Recife-PE. Lúcio foi preso em flagrante no dia 22 de fevereiro deste ano, minutos depois de ter assassinado a golpes de tesoura a farmacêutica Arlanza Jéssica dos Santos Ramalho, de 34 anos, em Patos.
A defesa do militar solicitou a transferência imediata para o 4º Batalhão de Polícia do Exército (4° BPE), em Recife, alegando que o 31º Batalhão de Infantaria Motorizado de Campina Grande, na Paraíba, onde o investigado era vinculado, não possui estrutura carcerária para a custódia.
Dois dias após ter sido preso, Lúcio passou por audiência de custódia, teve sua prisão temporária decretada por 30 dias, com possibilidade de prorrogação pelo Ministério Público, e foi levado para o Presídio Especial Valentina de Figueiredo, em João Pessoa.
A transferência gerou indignação da família de Arlanza Jéssica, que teme que o caso perca visibilidade e caia no esquecimento. Os familiares divulgaram uma nota de repúdio. Leia abaixo:
“Nós, familiares de Arlanza Jéssica, seguimos firmes na luta por justiça. Recentemente, recebemos a notícia de que o batalhão solicitou a transferência do feminicida para um presídio em Recife, e a Justiça deferiu esse pedido. No entanto, não podemos permitir que esse caso caia no esquecimento, que Jéssica se torne apenas mais um número em estatísticas de feminicídio. Nossa dor permanece viva, e nossa indignação também. Clamamos por justiça! Exigimos que ele pague pelo que fez, que a impunidade não seja mais uma vez a resposta para quem tira a vida de uma mulher de forma brutal. A população e nossa família merecem uma resposta à altura da gravidade desse crime. Não descansaremos até que a justiça seja feita”
O feminicídio em Patos
Na madrugada de 22 de fevereiro, Lúcio Ramay foi preso suspeito de matar a farmacêutica Arlanza Jéssica com golpes de tesoura dentro do apartamento dela, no bairro Novo Horizonte, em Patos. Segundo as investigações, eles se comunicavam por mensagens de Whatsapp desde o final de 2024, possivelmente tendo um relacionamento amoroso à distância, e esse teria sido o primeiro encontro pessoal entre os dois.
Lúcio foi preso em flagrante na cidade de Santa Luzia enquanto tentava fugir. A prisão ocorreu após moradores acionarem a polícia em um posto de combustíveis às margens da BR-230. O suspeito chegou ao local a pé, alegando que teria escapado de uma tentativa de sequestro. No entanto, policiais militares desconfiaram dessa versão quando encontraram manchas de sangue nas suas mãos e na porta do carro.
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