Levantamento semestral Febraban, divulgado na noite desta segunda-feira (07, mostra o que pensam os brasileiros. A saúde virou maior preocupação. O percentual de brasileiros que se declaram muito satisfeitos ou satisfeitos oscilou de 72% para 70% entre março e junho, registrando uma estabilidade desde dezembro/2024 em patamar elevado.
A pesquisa Radar Febraban foi feita entre os dias 12 a 20 de junho de 2025 com 2 mil pessoas nas cinco regiões do País. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95,5%.
A inflação e o custo de vida preocuparam o brasileiro no primeiro semestre de 2025, com a maioria dos entrevistados (71%) em junho esperando aumento dos preços nos próximos meses, aponta a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), citando pesquisa Radar Febraban. Apenas 11% projetam queda nos preços, e 16% acreditam em estabilidade, números praticamente estáveis em relação à pesquisa anterior, feita em março.
Contudo, a percepção de que os preços estão em elevação, que atingiu um pico de 89% em março, caiu para 83% em junho. Segundo a pesquisa, as mulheres são as que mais percebem o aumento de preços (85%) contra 80% dos homens.
A maior parte dos brasileiros (75%) também avalia que os altos preços estão impactando seu poder de compra de alimentos e outros produtos do abastecimento doméstico. Em segundo lugar permanece o preço dos combustíveis (30%), seguido pelos gastos com saúde e medicamentos (28%
Algumas diferenças no nível de satisfação pessoal – acima da margem de erro do total da amostra – são observadas entre os segmentos sociodemográficos. As mulheres mostram-se um pouco mais satisfeitas que os homens (72% contra 68%). Por faixa etária, a satisfação mais alta está nas faixas intermediárias (25 a 44 anos: 71%; 45 a 59 anos: 72%), caindo para 62% entre os que têm 60 anos ou mais.
No recorte por renda, verifica-se que a satisfação aumenta conforme se eleva o poder aquisitivo e o grau de instrução. Entre os que possuem renda superior a 5 SM, 79% estão satisfeitos, frente a 67% entre os que têm até 2 SM. Quanto à escolaridade, observa-se a mesma tendência: 79% dos entrevistados com formação universitária se dizem satisfeitos, comparados a 67% do que cursaram até o ensino fundamental.
Regionalmente, os índices mais altos estão no Sul e no Norte (72% em ambas as regiões), enquanto o Sudeste apresenta o menor nível de satisfação, com 69% .
No balanço do primeiro semestre de 2025, a percepção sobre a evolução da vida pessoal e familiar também é positiva. A grande maioria dos entrevistados (78%) avalia que a vida melhorou (40%) ou ficou igual (38%) em relação ao ano anterior. Por outro lado, a percepção de piora, que era de 19% em março, variou três pontos, e agora é 22% .
A percepção de melhora na vida pessoal e da família tem variações mais expressivas por idade. Enquanto no grupo de 18 a 24 anos cerca de metade (51%) aponta melhora, esse percentual é de 28% entre os que têm 60 anos ou mais. A relação entre renda e percepção positiva é evidente: 47% dos que ganham mais de 5 SM afirmam que a vida melhorou, frente a 40% entre aqueles com renda até 2 SM e 35% na faixa de 2 a 5 SM. Quanto à escolaridade, a percepção de melhora vai de 47% entre os que possuem ensino superior a 39% entre os que estudaram até o fundamental. Na regiões, Norte e Nordeste lideram a opinião positiva (45%), enquanto o Sul registra o menor índice (31%) .
Em termos de escolaridade, o padrão se repete: a expectativa de melhora é de 62% entre os que estudaram até o fundamental chegando a 67% no nível superior. No recorte regional, o Norte apresenta o maior índice de otimismo (74%), seguido do Nordeste (66%), enquanto o Sul registra o menor (57%), única região abaixo dos 60% .
O levantamento é realizado trimestralmente pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) e mapeia a percepção e expectativa da sociedade sobre a vida, aspectos da economia e prioridades para o país.
Redação com informações da Febraban