O renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado faleceu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos. A causa da morte foram complicações de saúde decorrentes de uma malária contraída nos anos 1990. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização fundada por ele e sua esposa.
Reconhecido internacionalmente por suas impactantes imagens em preto e branco, Salgado dedicou sua carreira a retratar temas humanitários, sociais e ambientais. Seu trabalho o levou a mais de 120 países, onde documentou a condição humana em contextos muitas vezes extremos e invisibilizados.
Em entrevista ao jornal The Guardian, em 2024, o fotógrafo revelou que problemas de saúde, intensificados pelas sequelas da malária, foram decisivos para sua aposentadoria. A doença foi contraída durante uma expedição na Indonésia, onde não recebeu o tratamento adequado.
Mesmo afastado dos trabalhos fotográficos, Salgado ainda planejava realizar uma mostra especial sobre a Amazônia para apresentar durante a COP30, marcada para novembro deste ano em Belém, no Pará. A floresta amazônica era um dos temas centrais de sua obra nos últimos anos.
Sebastião Ribeiro Salgado Júnior nasceu em 8 de fevereiro de 1944, em Aimorés, no interior de Minas Gerais. Economista de formação, graduou-se pela Universidade Federal do Espírito Santo, com mestrado na Universidade de São Paulo e doutorado na Universidade de Paris. Sua trajetória na fotografia começou na década de 1970, quando decidiu abandonar a carreira econômica para se dedicar integralmente à arte.
Era casado com a pianista e curadora Lélia Deluiz Wanick Salgado, com quem teve dois filhos, Juliano e Rodrigo. Também era avô de Flávio e Lara.
Sebastião Salgado deixa um legado inestimável para a fotografia e para a luta em defesa dos direitos humanos e do meio ambiente. Seu olhar singular e comprometido continuará inspirando gerações futuras.
Redação