Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). Imagem ilustrativa. (foto: divulgação/TJPB)
Fred Coutinho, presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), determinou o afastamento do servidor Irley de Sousa, do órgão. Irley é um dos alvos da operação Retomada, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO).
A operação, como trouxe o ClickPB, investiga indícios de manipulações por parte de advogados e associações.
A informação do afastamento do servidor foi divulgada no início da tarde desta sexta-feira (16) pelo jornalista Luís Torres, no programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM.
Segundo o jornalista, o afastamento do servidor foi publicado em uma portaria onde fica definido que o servidor fique afastado por 180 dias (6 meses) para que o mesmo possa apresentar a sua defesa e esclarecimentos à justiça. Confira portaria no fim da matéria.
O ClickPB apurou que o investigado é chefe de cartório de Caaporã, no Litoral Sul do estado.
Segundo nota do TJPB, onde é detalhado o nome do servidor, o juiz diretor do Fórum de Caaporã deverá ser comunicado para garantir o impedimento do servidor ao acesso físico às dependências do Fórum.
A Corregedoria-Geral de Justiça também será informada para as devidas providências administrativas.
Sobre a operação que o servidor foi alvo
A segunda fase da Operação Retomada, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público da Paraíba. A operação investiga indícios de manipulações por parte de advogados e associações. Entre os alvos dos mandados de hoje, estão:
Hilton Souto Maior Neto
Irley de Souza Carneiro da Cunha
Armando Palhares Silva Júnior
Guilherme Queiroz e Silva
Rackson Santos de Lima
Jairo Meletti
Hoje, além dos mandados contra estes advogados, são cumpridos mandados em Sapé e outros endereços na Grande João Pessoa (veja lista completa de endereços abaixo) e em São Paulo, totalizando seis mandados.
A estimativa do Gaeco é que o esquema tenha movimentado mais de R$ 125 milhões, atingindo mais de 100 mil pensionistas em todo o país.
As investigações apontam para a atuação coordenada de agentes públicos e particulares – entre eles um juiz e advogados – na captação de nomes para figurarem como associados de entidades constituídas de forma fraudulenta, no ajuizamento de ações coletivas em Juízos previamente escolhidos, sem qualquer vínculo com as partes, e na confecção de decisões judiciais favoráveis aos integrantes do esquema.
Até o momento, segundo detalhou o Gaeco, já foram identificadas 11 associações e entidades fraudulentas que moveram mais de 230 ações coletivas no Estado da Paraíba, atingindo mais de 100 mil aposentados e pensionistas de todo o país e descontos ilegais nos benefícios previdenciários que somam mais de 126 milhões de reais.
Confira portaria
*atualizado às 13h46 com correção do nome do servidor do TJPB investigado.
ClickPB