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João Pessoa 439 anos: resgatando a história através do empreendedorismo

Ás margens do Rio Sanhauá, uma iniciativa está transformando a realidade da comunidade do Porto do Capim, onde nasceu a capital paraibana. O Coletivo de Jovens Garças do Sanhauá, projeto inserido no conceito Turismo de Base Comunitária, oferece

Por chicolobo

05/08/2024 12h50 Atualizado recentemente

Ás margens do Rio Sanhauá, uma iniciativa está transformando a realidade da comunidade do Porto do Capim, onde nasceu a capital paraibana.

O Coletivo de Jovens Garças do Sanhauá, projeto inserido no conceito Turismo de Base Comunitária, oferece a centenas de turistas a oportunidade de conhecer as diversas manifestações culturais no berço de João Pessoa.

A vivência inclui visitação nas quatro áreas da comunidade: Vila Nassau, Praça 15 de novembro, Rua do Porto e Rua Frei Vital.

Os visitantes podem contratar um pacote de serviços e produtos com tour guiado, acolhimento, apresentações culturais, visitações em resquícios arqueológico e passeio de barco, cultivando a tradicional identidade cultural do povo ribeirinho.

Por ano, 1,2 mil turistas visitam o local para conhecer de perto a história da comunidade com mais de 500 famílias.

O vídeo a seguir mostra um resumo de como é a experiência:

Mergulho na história

Os visitantes têm a oportunidade de navegar entre os rios Sanhauá e Paraíba onde, por muito anos, passaram e atracaram grandes embarcações internacionais, quando o local era um grande pólo comercial, na década de 1920.

Em 1935, o porto comercial foi transferido para a cidade de Cabedelo devido ao assoreamento do rio Paraíba, o que provocou a decadência econômica da área, com as operações comerciais e financeiras, mudando-se para outros espaços.


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No entanto para manter viva a rica história do Porto do Capim, os próprios jovens do coletivo conduzem os visitantes por um roteiro que destaca os resquícios históricos e arqueológicos da área. Durante um passeio de barco, os turistas têm acesso a história das primeiras construções da cidade e também relatos das famílias que têm raízes profundas na comunidade.

Experiência gastronômica

Cocadas, dindins e um almoço pra lá de tradicional são algumas das delícias que os turistas são convidados a experimentar durante as pausas, como opções que vão de feijoada a marisco.

Todo o dinheiro arrecadado com as vendas é repassado para os moradores, gerando receita fortalecimento dos pequenos negócios da região. Isso possibilitou aos moradores da localidade uma nova fonte de receita a partir do empreendedorismo, como foi o caso de Dona Lourdes que, aos 68 anos, faz as mais deliciosas cocadas da região.

Com as vendas, ela chega a faturar até R$ 300,00 por mês. O vídeo a seguir, filmado por uma turista, mostra o passo a passo de como são feitas as cocadas.

Assista:

Impacto Social e Cultural

“O empreendedorismo é a força pulsante desse projeto que criamos e reinventamos com criatividade para mostrar o potencial da comunidade. Toda inquietação veio da necessidade de mostrar o nosso território ribeirinho, que é tão rico na diversidade cultural, para outras pessoas da cidade e de outros estados do país. “, Rayssa Holanda,

A iniciativa também serve como um modelo para projetos comunitários em outras áreas, demonstrando como o turismo pode ser um forte aliado na preservação e promoção das tradições culturais, ao mesmo tempo que gera benefícios econômicos sustentáveis para as comunidades locais.

O vôo das garças celebra a história, cultura e resiliência da comunidade do Porto do Capim, criando uma ponte entre o passado e o presente da cidade de João Pessoa.

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