O governo do presidente Donald Trump determinou, nesta quinta-feira (22/5), que a Universidade de Harvard encerre o Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio da Universidade (SEVP, na sigla em inglês).
“Isso significa que Harvard não pode mais matricular estudantes estrangeiros e os estudantes estrangeiros existentes devem se transferir ou perder seu status legal”, diz trecho de uma publicação do Departamento de Segurança dos EUA (DHS, na sigla em inglês) desta quinta, disponível no site da instituição.
No texto, o DHS dos Estados Unidos afirma que a liderança da universidade tem criado um ambiente inseguro ao permitir a presença de anti-americanos, pró-terroristas agitadores que agiriam para agredir estudantes, incluindo muitos alunos judaicos.
“Este governo está responsabilizando Harvard por fomentar a violência, o antissemitismo e a coordenação com o Partido Comunista Chinês em seu campus”, disse o a secretária do DHS, Kristi Noem.
Além de acusar a universidade de ser um centro de fomento de ações antissemitas, o governo do presidente Donald Trump afirma que a instiutição de ensino e pesquisa optou por seguir um caminho equivocado. “Harvard teve muitas oportunidades de fazer a coisa certa. Recusou-se”, nas palavras de Noem.
Ainda na publicação, o DHS afirma que de 2022 para 2023, a taxa de violência em Harvard teria aumentado 55% e ainda que a instituição teria adotado uma política que permitiria a violação de direitos civis.
Embates
A medida anunciada pelo DHS nesta quinta acontece no cenário de uma série de embates entre Trump e a tradicional universidade mundialmente reconhecida. No dia 15 de abril deste ano, por exemplo, o presidente republicano congelou US$ 2,2 bilhões de um fundo de recursos para Harvard.
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O presidente da instituição de ensino, Alan Garber, reagiu. “[Harvard] não renunciará à sua independência nem aos seus direitos constitucionais”, disse.
O bloqueio orçamentário veio após Harvard se negar a encerrar programas de diversidade, equidade e inclusão.