A menina de 10 anos de idade que foi baleada pelo pai, Samir Carvalho, um sargento da Polícia Militar, em Santos (SP), na última quarta-feira, 7, foi atingida porque tentou proteger a mãe, Amanda Fernandes Carvalho, que acabou morta a tiros pelo marido.
O caso aconteceu em uma clínica de saúde na região da Vila Belmiro. Policiais foram acionados para atender uma ocorrência e, quando chegaram ao local, mãe e filha estavam trancadas em um consultório. O pai da menina, no entanto, que estava de folga do trabalho, permanecia do lado de fora.
De acordo com as informações prestadas no boletim de ocorrência, após Samir Carvalho mostrar que não estava armado aos colegas de corporação que foram ao local, a porta foi aberta. Logo em seguida, Carvalho entrou no consultório e atirou na mulher e na filha.
A Polícia Civil informou que, além de investigar todas as circunstâncias do crime, instaurou inquérito para apurar rigorosamente a conduta dos agentes que foram acionados para atender à ocorrência. A Polícia Militar também abriu uma investigação para apurar se os servidores públicos foram enganados ou não atuaram de maneira a impedir Carvalho de consumar o crime de feminicídio.
Samir Carvalho foi imediatamente detido e encaminhado ao presídio militar Romão Gomes. Ele deve responder por violência doméstica, feminicídio e tentativa de homicídio. A menina foi socorrida para a Santa Casa de Santos. A reportagem tenta contato para saber o estado de saúde dela.
Íntegra da nota da Secretária de Segurança Pública de São Paulo
A Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar rigorosamente a conduta dos agentes acionados para atender uma ocorrência que evoluiu para feminicídio e tentativa de homicídio em uma clínica de saúde na região da Vila Belmiro, em Santos, na tarde de quarta-feira (7).
Na ocasião, os policiais foram acionados via Copom para atender uma ocorrência de desinteligência no local. Quando chegaram as vítimas estavam trancadas em um consultório e o autor, um policial militar de folga, do lado de fora. De acordo com as informações prestadas no boletim de ocorrência, após o policial mostrar que não estava armado, a porta foi aberta. O autor entrou e atirou na mulher e na filha, sendo preso na sequência e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes.
O caso foi registrado como violência doméstica, feminicídio e tentativa de homicídio na DDM da cidade. A Polícia Civil instaurou inquérito e investiga todas as circunstâncias do crime.
Veja