A Paraíba registrou, nesta segunda-feira (6), o segundo caso suspeito de intoxicação por ingestão de bebida alcoólica adulterada. A ocorrência foi confirmada pelo Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande.
De acordo com a unidade hospitalar, o paciente é um homem de 27 anos, morador do município de Boqueirão. Ele deu entrada no hospital às 12h01, apresentando sintomas como visão turva, náuseas e vômitos. O paciente foi atendido pela equipe médica, passou por exames laboratoriais e está sendo acompanhado pelo Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox).
A suspeita inicial era de intoxicação por metanol, porém a hipótese foi descartada. O paciente permanece em observação na Área Verde do hospital, consciente e orientado. A possível presença de outras substâncias tóxicas será investigada.
O primeiro caso suspeito de intoxicação ocorreu no último sábado (4), com a morte de Francisco Rariel Dantas, de 32 anos. Ele foi atendido na sexta-feira (3) no Hospital Regional de Picuí com sintomas compatíveis com intoxicação por metanol e não resistiu. A Secretaria de Saúde da Paraíba investiga se a causa da morte foi, de fato, ingestão de bebida adulterada com metanol.
Diante dos casos, o Governo da Paraíba montou uma força-tarefa com órgãos da Saúde e da Segurança Pública para combater a venda de bebidas irregulares no estado. Entre os envolvidos estão a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa-PB) e a Polícia Civil.
Em entrevista, o diretor-geral da Agevisa-PB, Geraldo Moreira, informou que a bebida consumida pela vítima fatal em Baraúna, no Seridó paraibano, é considerada um produto pirata, por não ter registro junto aos órgãos de controle. Ele explicou que ainda será feita uma análise laboratorial para confirmar se o produto é falsificado e se contém níveis elevados de metanol.
Segundo ele, após a denúncia, foi feita uma operação no mercadinho onde a bebida foi comprada. Inicialmente, foram encontrados apenas três litros do produto. Contudo, com o apoio da Polícia Civil, os agentes localizaram um depósito com uma grande quantidade da mesma bebida, que foi lacrado e será periciado em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
A bebida, embora considerada irregular por não possuir registro, ainda não teve confirmada a presença de metanol em níveis perigosos. As análises em laboratório irão determinar a composição e o risco do produto consumido.
Próximas ações
A força-tarefa responsável pela investigação dos casos deve se reunir ainda nesta segunda-feira para definir os próximos passos no combate à circulação de bebidas adulteradas no estado. A prioridade é identificar possíveis focos de distribuição e proteger a população de novos casos de intoxicação.
Redação


