A cidade de Campina Grande registrou um novo aumento nos índices de infestação pelo Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, segundo o 3º Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde. O cenário coloca o município em estado de alerta, de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde.
O levantamento, realizado entre os dias 30 de junho e 4 de julho, mostrou que o Índice de Infestação Predial (IP) subiu de 3,4% no primeiro ciclo do ano para 5,3% no terceiro. Já o Índice de Breteau (IB) aumentou de 3,7% para 5,8% no mesmo período. A elevação é atribuída a fatores ambientais e climáticos, especialmente o volume de chuvas acima da média registrado em 2025, que favoreceu a presença de água parada e, consequentemente, a proliferação do mosquito.
Mesmo com ações contínuas de combate, como visitas de agentes de endemias e atividades educativas, os números indicam que a maior parte dos focos continua sendo encontrada dentro dos próprios imóveis. De acordo com o levantamento, entre 60% e 67% das larvas foram localizadas em recipientes removíveis, como vasos, baldes, garrafas e caixas d’água descobertas. A orientação das autoridades de saúde é para que cada morador faça uma vistoria semanal em sua residência, eliminando possíveis criadouros.
Bairros como Cruzeiro e Jardim Quarenta apresentaram os maiores índices de infestação, com mais de 10%, ultrapassando em mais de três vezes o limite considerado aceitável. Também foram registradas taxas elevadas nos bairros Santa Cruz, Dinamérica, Ramadinha, Santa Rosa, Presidente Médici e Santa Terezinha, com índices entre 7% e 9%.
No total, 9.378 imóveis foram vistoriados no período e mais de 500 focos do mosquito foram identificados. A Secretaria Municipal de Saúde informou que o próximo LIRAa será realizado no final de setembro e que, até lá, pretende intensificar as ações de combate, especialmente nas áreas com maior risco. Estão previstas novas mobilizações comunitárias, atividades educativas e mutirões de limpeza para conter o avanço da infestação.
Redação