Presa na Irlanda por portar R$ 38 mil maconha, quetamina e MDMA, Laryssa Sales, de 19 anos, é influencer digital brasileira e trabalha como entregadora de delivery. Nas redes sociais, ela mostrava o cotidiano vivendo em Dublin, capital do país, para os seus mais de 22 mil seguidores em redes sociais. Ela postava registros fotográficos dos países para onde viajava.
Larissa foi detida junto com o namorado nesse domingo (18/5).
Além da Irlanda, Laryssa visitou Portugal, os Estados Unidos (EUA) e também o Brasil. Ela produzia conteúdo para o Instagram e Tiktok e postava vídeos com legenda e música de fundo, além de revelar sua rotina de trabalho entregando pedidos de delivery com uma bicicleta.
Em um dos vídeos no Instagram, Laryssa mostra o trabalho de entregadora no dia 31 de dezembro do ano passado. “Véspera do ano novo e nós aqui, ó, trabalhando. Marcha nas entregas, família, só vai ter sucesso quem correr atrás. Não é ano que faz a vida diferente não, é você”, disse.
“Tem que respeitar a líder que virou delivery na Irlanda e bateu a meta em dois dias”, escreveu Laryssa, na legenda de um dos seus vídeos.
Antes de se mudar para Irlanda, a moça morava em São Paulo e já dirigia moto, de acordo com vídeos e fotos postadas nas redes. Presa por envolvimento com substâncias ilícitas, Laryssa já postou vídeos bebendo e usando cigarro eletrônico, porém, sem a presença de drogas.
Entenda o caso
De acordo com autoridades do país, Laryssa e seu namorado, Otavio Martin de Sousa, de 30 anos, portavam cerca de R$ 38 mil em drogas. Eles foram abordados dentro de um carro e esconderam as substâncias no porta-luvas. Após ser detido, o casal recorreu ao pagamento de fiança, porém, foi rejeitado.
No tribunal, nessa segunda-feira (19/5), os policiais Gillian Slane e Darragh Mylod afirmaram ao juiz do caso que o casal pretendia deixar a Irlanda em agosto.
De acordo com a imprensa local, o advogado de defesa Evan Moore argumentou que o casal planejava viajar ao Brasil para um feriado. Ele teria alegado que Laryssa Sales está grávida e sofre de uma séria condição médica. A polícia, no entanto, disse que não há provas de nada disso.
Ao pedir a fiança, a brasileira informou que chegou à Irlanda no ano passado e que trabalhava e estudava no país. Segundo o jornal Irish Times, ela prometeu que, caso fosse solta, iria comparecer à próxima audiência no tribunal. Porém, a solicitação foi rejeitada.
