Ao acompanhar as notícias, é inevitável notar: empresários, políticos, formadores de opinião e figuras da alta comunicação brasileira estão sempre se reunindo em cidades como Nova York, Miami, Chicago — e, por vezes, até em Londres ou Dublin — para grandes encontros, negócios bilionários, aquisição de mansões ou para matricular seus filhos em universidades americanas de prestígio.
Raramente — ou quase nunca — vemos essa mesma elite desembarcando com entusiasmo em países como China, Rússia, Cuba ou Coreia do Norte para realizar grandes investimentos, firmar acordos ou passar férias com a família. Quando muito, fazem visitas discretas, protocolares e sem qualquer destaque na mídia.
Muitos desses senhores se apresentam ao povo brasileiro como simpatizantes do socialismo, defensores de modelos comunistas ou de um Estado controlador. Mas basta observar seus destinos preferidos e os locais onde aplicam seu dinheiro para perceber: é tudo fachada.
Desperta, povo brasileiro! Aqueles que criticam os Estados Unidos nas tribunas, nos podcasts e nas universidades são os mesmos que, em silêncio, celebram a liberdade econômica e a segurança jurídica norte-americana — com taças de vinho em jantares luxuosos em Manhattan.
Dias atrás, vi figuras como João Doria, Michel Temer, Luís Roberto Barroso, Luciano Huck, Rodrigo Maia, Gilberto Kassab, Tasso Jereissati, e até economistas como Arminio Fraga e Henrique Meirelles, circulando por Nova York — desfrutando dos melhores hotéis e de uma estrutura invejável.
China? Rússia? Nem pra ver!
O discurso é um no Brasil; a prática, outra no exterior. E isso diz muito.
Obs.: O socialismo-comunista é bonito no discurso, mas o capitalismo dentro da democracia americana é incomparavelmente melhor na prática.
Elcio Nunes
Cidadão Brasileiro