O secretário de Estado da Educação e deputado licenciado, Wilson Filho (Republicanos), adotou um tom conciliador ao comentar a insatisfação do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), sobre os rumos da sucessão estadual em 2026.
Em entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM, nesta quinta-feira (14), Wilson destacou que o processo de definição da chapa governista ainda está em andamento e que tudo segue sendo discutido dentro do campo político e do diálogo.
“Se ainda não temos um nome anunciado para o Senado, nem para qualquer vaga majoritária, é porque a construção não está finalizada. Tudo ainda está sendo discutido no campo da política e do diálogo”, afirmou.
O comentário ocorre em um momento de visibilidade das tensões internas na base aliada. Com o governador João Azevêdo (PSB) impedido de disputar a reeleição e programado para deixar o cargo em abril de 2026 para concorrer ao Senado, três nomes surgem como protagonistas na corrida sucessória: o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e Adriano Galdino, que tem exigido maior espaço nas negociações e chegou a afirmar que só sairia candidato ao governo pelo PT se convidado pessoalmente pelo presidente Lula.
Nos bastidores, Lucas Ribeiro é visto como o nome preferido de Azevêdo para garantir a continuidade administrativa, com a chapa podendo ter como vice o atual secretário de Estado da Infraestrutura e Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga (PSB).
Wilson Filho, entretanto, evita tomar partido e reforça a necessidade de união dentro da base. Ele lembra que ainda há tempo para consolidar uma candidatura de consenso, enquanto os pré-candidatos seguem articulando suas estratégias: Cícero Lucena já iniciou movimentações pelo interior do estado e apresenta desempenho competitivo em pesquisas internas, enquanto Adriano Galdino mantém a exigência de diálogo equilibrado na aliança.
Redação