O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou em entrevista, que o imbróglio envolvendo a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro deve ser revolvido por meio de um “pacto nacional”.
Segundo ele, o grande acordo envolveria os representantes dos Três Poderes — Executivo, com o presidente da República, Legislativo, com os presidentes da Câmara e do Senado, e do Judiciário, com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) —, além de membros da sociedade civil e da oposição.
A anistia tem pelo menos três versões no Congresso. Membros do Palácio do Planalto e do Senado sinalizam positivamente para um aceite a uma “anistia light”, que excluiria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenando a 27 anos e três meses por cinco crimes pelo STF na ação que apurou um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Temer disse que caso estivesse no lugar do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), levaria à pauta ao colégio de líderes.
De acordo com o ex-presidente, se não houver um diálogo entre as lideranças por meio de um “pacto nacional”, haverá um embate com o Supremo, que já sinaliza uma negativa à proposta, mesmo que seja aprovada pelo Congresso.
“Não é improvável que o Supremo acabe decidindo pela impossibilidade da anistia. Aliás, com toda franqueza, isso já tá sendo pré-anunciado em várias manifestações”, adicionou.
Redação