O deputado federal paraibano Cabo Gilberto Silva (PL) reagiu, nesta quinta-feira (26), à citação de seu nome em um relatório do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que aponta o parlamentar como responsável por uma suposta doação de R$ 3 mil à advogada Edith Christina Medeiros Freire, investigada por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Cabo Gilberto classificou a acusação como “leviana” e negou qualquer relação com financiamento ilegal de manifestações. “Muito transparente, coloco meu sigilo bancário à disposição da Polícia Federal e de todos os órgãos de controle para provar minha inocência. Isso é mais uma fake news”, afirmou o deputado.
Ainda segundo ele, a advogada Edith Christina é uma colaboradora conhecida, com quem já teve relações políticas anteriores. “A doutora Cris é uma colaboradora das nossas pautas, trabalhou na época do Aliança pelo Brasil, há muito tempo. Nunca foi minha secretária, como estão dizendo por aí”, completou.
Entenda o caso
Segundo relatório apresentado por Alexandre de Moraes no STF, Edith Christina teria recebido R$ 3 mil de Cabo Gilberto dois dias antes dos atos do 8 de janeiro, quando ele ainda ocupava o cargo de deputado estadual. A movimentação financeira é citada como indício de que a advogada atuou na organização logística da ida de paraibanos a Brasília.
Além da transferência atribuída ao deputado, o documento menciona que Edith teria recebido R$ 900 de Everton Emmanuel da Costa Oliveira, administrador da página “Contra Golpe Brasil”, e transferido R$ 16,7 mil ao motorista de ônibus Edcarlos Cunha de Oliveira, responsável pelo transporte de manifestantes.
Outros gastos atribuídos à investigada incluem pagamentos em restaurantes e comércios, o que, segundo Moraes, pode indicar o financiamento da viagem de apoiadores do movimento considerado antidemocrático.
Apesar das citações no relatório, Cabo Gilberto reafirma sua tranquilidade quanto à legalidade de seus atos e insiste que se trata de mais uma tentativa de envolvê-lo injustamente em narrativas políticas.
PB Agora