O presidente estadual do Partido Liberal (PL) na Paraíba e ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nessa sexta-feira (5) que o senador Flávio Bolsonaro (PL–RJ) é uma “possibilidade real” para substituir o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na disputa presidencial de 2026.
Para Queiroga, Flávio reúne experiência política consolidada e condições para assumir a liderança da direita na corrida presidencial. “O senador Flávio Bolsonaro é uma das possibilidades reais de substituir Jair Bolsonaro na cédula e ser o nosso 22. Ele é muito habilidoso, tem experiência política e ganhou ainda mais expertise nesse período no Senado Federal. Tem todas as condições de ser o nosso candidato à Presidência da República, eu não tenho dúvida disso”, afirmou.
O comentário do ex-ministro ocorre no mesmo dia em que Flávio confirmou, pelas redes sociais, que foi escolhido pelo pai para representar o PL na disputa presidencial. O ex-presidente, condenado pelo STF e TSE, permanece preso na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília desde 22 de novembro, o que o torna inelegível para 2026.
A confirmação de Flávio encerra meses de especulação sobre quem herdaria o capital político de Jair Bolsonaro dentro do bolsonarismo.
Bolsonarismo mira alternativas e mantém unidade
Durante a entrevista, Queiroga reforçou que o movimento político ligado ao ex-presidente não se limita a um único nome. Ele citou outros possíveis representantes da direita, incluindo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lembrando que todos seguem a orientação do ex-presidente.
“No bolsonarismo temos o Flávio, temos a dona Michelle, temos o próprio Tarcísio de Freitas, que não tem Bolsonaro no nome, mas tem Bolsonaro no coração. E aquilo que o presidente Bolsonaro apontar, todos nós vamos seguir, porque são nomes fortes, representam o segmento da direita e têm totais condições de vencer as eleições em 2026”, destacou.
Com a fala de Queiroga, o bolsonarismo reafirma que, mesmo com o ex-presidente preso e inelegível, a estratégia segue centrada em nomes capazes de manter a identidade política do grupo e disputar a Presidência de forma competitiva.


