O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores na Paraíba, Jackson Macedo, se posicionou nesta terça-feira (27), de forma crítica em relação à possível ampliação da federação Brasil da Esperança, composta atualmente por PT, PCdoB e PV. Durante entrevista à rádio Correio 98 FM, o dirigente afirma que a experiência atual tem gerado dificuldades operacionais e políticas, principalmente nos contextos regionais.
“Eu fui contra a federação quando ela foi criada, com o PC do B e o PV. Minha opinião naquele momento foi de opção contrária à federação, mas respeitei a decisão da maioria de criar a federação. Durante o processo eleitoral, foi visto que a federação não foi boa. Nós tivemos muita divergência do ponto de vista da tática eleitoral aqui na Paraíba. Nos municípios em que os três partidos existiam, várias divergências. O PC do B apoiando um candidato, o PV apoiando o outro e o PT apoiando outro. Isso foi um problema pra gente”, criticou.
Jackson enfatizou a necessidade de considerar as realidades locais antes de discutir qualquer ampliação da federação para as eleições de 2026. “Acho muito ruim que qualquer posição para 2026 de ampliação da federação seja uma discussão que não passe por uma análise criteriosa de cada estado. Cada estado tem uma realidade específica. É muito difícil você trabalhar essas realidades do ponto de vista estadual”.
Por fim, o presidente afirmou que os modelos de federações partidárias estão sendo usadas de forma equivocada. “A federação é uma saída brasileira, uma jabuticaba, pra driblar o fim das coligações proporcionais. A coligação acabou e a gente tem que compreender isso. Precisamos fortalecer os partidos políticos. Os partidos precisam existir no ponto de vista do fortalecimento nas relações dentro do Congresso Nacional. Agora, a gente não pode driblar o fim da coligação proporcional criando um monte de federação num conjunto de partidos do país.”
A fala acontece em meio às articulações de lideranças do PT, que estão buscando ampliar a federação com a chegada do PSB e do PDT. O próprio líder do governo na Câmara Federal, José Guimarães, está entre os defensores da nova composição.
PB Agora