O clima de instabilidade política em Pedras de Fogo ganhou novos capítulos nesta semana, após o prefeito Bá Barros exonerar uma série de servidores municipais. A medida ocorreu dias depois da visita do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, à cidade, quando ele esteve ao lado da vice-prefeita Manuella Maroja, do presidente da Câmara pessoense, Dinho Dowsley e do deputado federal Mersinho Lucena em uma caminhada pela feira livre.
A presença de Manuella ao lado de Cícero, que articula sua pré-candidatura ao governo do Estado, foi interpretada como um gesto político de peso e reforçou o distanciamento da vice em relação ao gestor municipal.
O resultado, entretanto, veio em forma de ‘tesourada’ na folha de pagamento da prefeitura, que deixou servidores e apoiadores aliados de Manuella, sem função.
As divergências entre prefeito e vice não são novidade. Bá Barros assumiu a prefeitura em 2023, após o falecimento do então prefeito Manoel Júnior, de quem era vice, e buscou consolidar sua liderança herdando parte do grupo político do ex-gestor. Para fortalecer sua chapa na eleição de 2024, convidou Manuella Maroja, filha de Manoel Júnior, que contribuiu para a vitória nas urnas.
Desde então, no entanto, a vice-prefeita vem sendo sistematicamente afastada das decisões da gestão. O episódio mais emblemático aconteceu em junho, quando Manuella revelou ter sido desconvidada para a 1ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres, evento diretamente relacionado ao seu campo de atuação.
A série de exonerações e a exclusão da vice-prefeita de atividades institucionais têm revelado um ambiente de instabilidade e disputas internas no município.
PB Agora