O aceno recente do ex-senador Cássio Cunha Lima (PSD) para que o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), passe a integrar a chapa da oposição nas eleições de 2026, repercutiu entre as principais lideranças oposicionista da Paraíba. Durante entrevista à rádio Correio 98 FM nesta sexta-feira (13), o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD) foram cautelosos ao comentar uma possível chegada do gestor pessoense ao grupo.
Para Veneziano, o momento exige fortalecimento interno da oposição e das alternativas que o grupo já possui.
“Nós temos o reconhecimento, tanto pessoal como à figura pública, do prefeito Cícero Lucena, mas enquanto integrantes que somos do grupo oposicionista, a minha posição é tratarmos sobre realidades que são afeitas à oposição. Aquilo que está no campo de suposições, cabe ao governo e aos seus integrantes definirem”, disse o senador.
Ele fez questão de afastar as especulações em torno de movimentações internas na base governista.
“Não gosto de fazer essa especulação. Pra mim, é mais importante nesse instante o fortalecimento do que nós estaremos a dizer à Paraíba, tratando sobre as perspectivas de bons nomes que nós temos, do que ventilar sobre aquilo que nós não temos domínio”, acrescentou.
Já Pedro Cunha Lima adotou um tom mais receptivo, apesar de também enfatizar que o grupo tem mantido a coerência e unidade.
“Nosso grupo ocupa esse campo político de oposição há mais de 10 anos, questionando o modelo que acontece até hoje. A gente procura fazer um debate com todos que quiserem se somar a essa posição política. Claro que não fazemos política com imposições. Todos são bem-vindos para somar esforços nessa caminhada”, afirmou.
Sobre boatos envolvendo uma eventual filiação de Cícero ao PSD, Pedro foi direto: “Para ser muito honesto, nunca tratei dessa hipótese com Kassab ou com qualquer outra pessoa, até porque hoje ele faz parte do campo governista”, declarou.
Na oportunidade, o ex-deputado reforçou que a oposição segue articulada e pronta para o embate eleitoral de 2026.
“As portas estão abertas, a gente faz política somando, aglutinando. Mas não esperamos posicionamento por parte do governo. Esse bloco que esteve junto em 2022 já mostrou resultado e existe confiança para que, na eleição de sucessão, a gente entre com ainda mais competitividade para vencer a disputa”, concluiu.
PB Agora