O presidente estadual do PSD na Paraíba, Pedro Cunha Lima, utilizou as redes sociais nesta quarta-feira (6), para criticar decisões recentes do Supremo Tribunal Federal e defender maior equilíbrio institucional no país. Na publicação, o ex-deputado federal criticou as medidas recentes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apontou como arbitrárias diversas ações recentes da suprema côrte.
“Eu quero registrar aqui que, independentemente de ideologia política, a gente tem que ter muita atenção com o que acontece com o Supremo Tribunal Federal hoje. Os abusos institucionais escancarados, que não dá para a gente aceitar calado”, disse.
Pedro ressaltou que o posicionamento não tem o objetivo de fazer uma defesa específica de Bolsonaro, mas de repudiar excessos cometidos pelo Judiciário.
“Há muito tempo eu me posiciono contra os dois extremos. Eu acredito que buscar um caminho para o Brasil, que não seja nem Lula e nem Bolsonaro, é um lado. Eu respeito quem pensa diferente, mas também me dou o direito de ter essa posição, de enxergar o mundo assim e de acreditar que seria muito bom para o Brasil superar essa polarização, que na minha opinião faz muito mal ao nosso país”, esclareceu.
No vídeo, o líder político criticou mudanças repentinas de entendimento pelos ministros da côrte e citou a questão do foro privilegiado.
“Eu acho um absurdo o foro privilegiado mudar a posição para julgar Bolsonaro. O Supremo tinha decidido que não tinha mais foro para quem deixou o mandato. Aí de repente, quando é para pegar Bolsonaro, volta o foro privilegiado. Por que esse julgamento na primeira turma? Como é que não se leva isso para o plenário? Por que antecipar uma condenação? O processo está perto de terminar”, criticou.
Ele também citou o caso de uma cabeleireira condenada a 14 anos de prisão por participação nos atos de 8 de janeiro.
“É uma cabeleireira que é condenada a 14 anos de prisão. Tá certo isso? Porque botou um ‘perdeu mané’ numa estatua? Ali tem uma pessoa que merece a nossa defesa”, enfatizou.
Apesar da crítica ao STF, Pedro reafirmou sua posição contrária à polarização política e defendeu um caminho alternativo no debate nacional.
“Termino apanhando dos dois lados, faz parte do processo. Vai ter gente dizendo que sou bolsonarista. Vai ter gente dizendo que sou petista. Eu vou continuar defendendo uma linha que é como eu penso. Respeito quem pensa diferente. É preciso conter o que vem acontecendo no STF hoje”, finalizou.
PB Agora