Em 2018, Jair Bolsonaro surgiu como um furacão, puxando uma enxurrada de votos. Mesmo sem intimidade com muitos nomes, acabou arrastando consigo candidatos dentro e fora do seu partido. Foi uma verdadeira avalanche, gente com boas intenções e outros nem tanto vieram nessa onda, que se repetiu, em parte, em 2022. Entre os eleitos daquela leva estava Marcos do Val, que conquistou mais de 800 mil votos e se tornou senador pelo Espírito Santo.
Mas a pergunta é: a que veio? O que tem feito de proveitoso pela nação? Pouco se sabe. Em compensação, suas estripulias são conhecidas em todo o Brasil. A mais recente foi sair do país mesmo havendo uma ordem judicial proibindo sua saída e ainda aproveitou para passear na Disney. Um verdadeiro menino traquino! Desde lá, ficou a fazer gracinha e a cutucar o ministro Alexandre de Moraes com vara curta. Do Val parece gostar de provocar e buscar confusão.
Lembra-me o personagem bíblico Simei, que causou problemas ao rei Davi, amaldiçoando-o em público (2 Samuel 16:5–13), e depois desobedeceu a ordem do rei Salomão ao ultrapassar os limites estabelecidos, o que lhe custou a vida (1 Reis 2:36–46). Marcos do Val se assemelha a esse perfil: mimado, desobediente, dado aos próprios caprichos.
Confesso que achei que ele não voltaria dos Estados Unidos, mas voltou. E o ministro Moraes o tomou pelas orelhas, impondo um castigo mais severo, com tornozeleira, restrições e vigilância. Menino do Val, tome juízo! Sua posição no Senado é de honra e grande responsabilidade.
Elcio Nunes
Cidadão Brasileiro