Em entrevista ao programa Hora H, da TV Norte-Paraíba, na noite de ontem, segunda-feira (14), o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), sugeriu publicamente que o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), deixe o Progressistas caso queira ser levado a sério como pré-candidato ao Governo do Estado.
“Enquanto ele estiver no PP, as pessoas estão desconfiadas se ele está realmente candidato ou se está fazendo um jogo de cena”, avaliou Galdino, que tem mantido diálogo direto com o prefeito sobre o processo sucessório estadual.
Segundo o parlamentar, a permanência de Cícero em um partido que já tem um nome posto — o do vice-governador Lucas Ribeiro (PP) — gera desconfiança entre aliados e no eleitorado. “Para que as pessoas vejam um gesto de firmeza, ele precisa dizer assim: vou sair do PP e vou procurar outro partido”, declarou.
Adriano Galdino também ressaltou que sua situação é diferente da de Cícero, já que o Republicanos, partido que ele preside na Assembleia, não possui um nome consolidado como pré-candidato ao Governo. “Eu posso permanecer no meu partido e lutar para ele me apoiar. Cícero é diferente. O partido dele tem candidato, em tese”, explicou.
O deputado reforçou que o gesto de saída do PP seria um “sinal claro de determinação” e uma maneira de consolidar, perante a opinião pública, a disposição de Lucena de disputar o Palácio da Redenção. “Para que ele seja reconhecido como pré-candidato, ele precisa mostrar que está determinado. Como vai fazer isso? Mandando um sinal que vai sair do partido e indo para outro”, recomendou.
Critério de pesquisa
Galdino também confirmou que tem mantido conversas com Cícero e se disse aberto a um entendimento entre os dois, desde que seja estabelecido um critério baseado em pesquisa de intenção de voto.
“A gente tem conversado sobre nossa luta, mas no momento oportuno, a gente pode conversar sobre critério. Eu e Cícero temos histórico de honrar a palavra. Se esse critério for definido, tanto ele quanto eu vamos honrar”, afirmou o presidente da Assembleia.
Redação