A imposição de medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada nesta sexta-feira (18) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), gerou forte reação dos filhos do ex-mandatário, nas redes sociais. As restrições incluem o uso de tornozeleira eletrônica, toque de recolher noturno, proibição de uso de redes sociais, de aproximação de embaixadas e de contato com outros investigados.
O senador Flávio Bolsonaro (PL) classificou a decisão como um ato de “ódio” e “humilhação proposital” contra seu pai. Ele afirmou que a medida deixa “cicatrizes na alma” da família e reafirmou seu compromisso com o que chamou de luta por liberdade.
“Proibir o pai de falar com o próprio filho é o maior símbolo do ódio que tomou conta de Alexandre de Moraes… Típico de uma inquisição que já tem a sentença pronta antes mesmo de começar”, escreveu Flávio.
Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) optou por usar o inglês para denunciar as medidas ao público internacional. Em postagem no X (antigo Twitter), ele listou ponto a ponto as sanções impostas a Jair Bolsonaro, insinuando que seriam represália por um vídeo divulgado recentemente em que o ex-presidente brasileiro agradece o apoio de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
“Alexandre de Moraes dobrou a aposta. Após o vídeo de Bolsonaro a Donald Trump, ele ordenou: Uso de tornozeleira eletrônica; Toque de recolher entre 19h e 7h; Proibição de uso de redes sociais; Proibição de falar com embaixadores e diplomatas; Proibição de ir a embaixadas; Proibição de contato com investigados — incluindo eu e meu irmão Carlos.”
Eduardo ainda compartilhou uma publicação da juíza Ludmila Lins Grilo, que vive exilada nos Estados Unidos. Grilo afirmou que as medidas configuram perseguição política e que Moraes será “barbarizado internacionalmente”, podendo, segundo ela, ser alvo da Lei Magnitsky, legislação norte-americana que prevê sanções contra autoridades estrangeiras envolvidas em violações de direitos humanos.
PB Agora