O deputado estadual Walber Virgolino (PL) confirmou nesta terça-feira (18), que será candidato na nova eleição que deve ocorrer em Cabedelo, após o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) manter a cassação do prefeito André Coutinho (Avante) e da vice Camila Holanda (PP). Durante entrevista à rádio Correio 98 FM, o parlamentar afirmou que acompanha há vários anos denuncia a influência do crime organizado no cenário político da cidade portuária.
“Ontem, o TRE confirmou a decisão da Justiça de primeiro grau e, de forma clara, afirmou que a gestão de Cabedelo se confunde com o crime organizado. Muita gente me pergunta se serei candidato ou não. Eu sou candidato a prefeito de Cabedelo. Eu comecei isso, quem tem que terminar sou eu”, declarou.
Walber lembrou que foi uma das primeiras vozes a denunciar irregularidades na administração do município. “Quem começou isso fui eu. Em 2018, comecei a dizer que havia algo estranho na gestão pública de Cabedelo. Sou morador da cidade, sinto os clamores da população, escuto o que as pessoas dizem e Cabedelo caminhava para isso, uma administração pública que perdeu o rumo, que confundiu a coisa pública com interesses pessoais”, acrescentou.
As investigações e operações policiais realizadas ao longo dos últimos anos confirmaram, segundo o deputado, os pontos que ele havia denunciado formalmente. “Uma administração pública que não mediu os limites da lei, que ultrapassou esses limites e se associou ao crime organizado. Em 2022, eu formalizei essas denúncias junto à Polícia Federal, Ministério Público Federal e Estadual. A Justiça de primeiro grau confirmou minhas denúncias, houve operação policial, as provas são robustas, públicas, os fatos concretos são praticamente irrefutáveis”, concluiu.
Além dos mandatos de André Coutinho e da vice Camila Hollanda, o TRE-PB também cassou o vereador Márcio Silva. Cinco integrantes do colegiado votaram pela perda dos mandatos e apenas um voto foi contrário. A decisão ainda condenou o ex-prefeito de Vitor Hugo (Avante), por 8 anos de inelegibilidade.
O pedido de afastamento dos condenados também foi solicitado, mas a decisão não foi divulgada. Caso o pedido seja acatado pela côrte, os magistrados decidiram que o presidente da Câmara Municipal de Cabedelo deve ocupar o cargo como prefeito interino até a realização de um novo pleito.
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