O presidente estadual do PL na Paraíba, Marcelo Queiroga, deixou claro, nesta segunda-feira (7), que a prioridade absoluta do partido para as eleições de 2026 é o ex-presidente Jair Bolsonaro — ou um nome diretamente indicado por ele. Em entrevista à Rádio Arapuan, Queiroga foi direto: “Bolsonaro é o nosso plano A, B e C.”
Segundo o dirigente, o Partido Liberal trabalha com uma única estratégia nacional: retornar ao Palácio do Planalto com Bolsonaro ou com alguém que represente fielmente o seu projeto político. “Ora, se nós temos dentro do PL nomes com força para ganhar a eleição, vamos apoiar alguém de fora? Só se for um nome apoiado pelo presidente Bolsonaro. Os outros partidos que se lancem, e se houver segundo turno sem a gente, aí avaliamos se apoiamos”, afirmou.
A declaração reforça o tom de fidelidade irrestrita ao ex-presidente, deixando pouco espaço para articulações com lideranças que não estejam alinhadas com o bolsonarismo.
Durante a entrevista, Queiroga também comentou os bastidores da política nacional e se mostrou cético em relação à especulação sobre uma candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sem o apoio explícito de Bolsonaro. “Tarcísio só será candidato à Presidência se for com o apoio do presidente Bolsonaro. Ele está fazendo um ótimo governo em São Paulo, mas o histórico mostra que ser governador do estado não garante sucesso presidencial. Todos os últimos quebraram a cara”, disse.
Ele ainda criticou manobras políticas que, segundo ele, estariam sendo articuladas para enfraquecer Tarcísio. “Querem que ele renuncie, depois puxam o tapete. Mas Tarcísio não é ingênuo. Essa gente estava com Alckmin em 2018. O jogo é pesado, mas nós estamos atentos.”
Apesar da firmeza no discurso, Queiroga elogiou o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, a quem classificou como “político experiente” e que, segundo ele, “tem revisto posições e se aproximado de Bolsonaro”.
Em nível estadual, Queiroga já afirmou que a legenda só lançará candidatura própria ao governo da Paraíba se não houver palanque firme para Bolsonaro na oposição.
Em tempo
Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030 por 5 votos a 2 em 30 de junho. O TSE entendeu que ex-chefe do Poder Executivo cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, para espalhar desinformação sobre o sistema eletrônico de votação, e atacar o Tribunal na tentativa de ter ganhos eleitorais.
Redação