Eu assisti ao documentário “Apocalipse nos Trópicos” da Petra Costa, veiculado pela Netflix. Não existe melhor forma de setores da elite do progressismo demonstrar todo ódio e repulsa aos evangélicos que se preocupam com política.
De início, Costa reconhece que sua formação laica nunca a ensinou sobre o básico da Bíblia e da religião. Ou seja, trata-se de alguém extremamente ignorante sobre cosmovisão, filosofia política e história milenar de teorias e envolvimento cristão com a política.
Para Costa, a gênesis da mistura entre política e evangélicos foi com Billy Graham na sua luta contra o comunismo soviético. Ela diz que se tratava de mero “fantasma” que serviu para mobilizar os evangélicos em prol de conversão “a Cristo e ao capitalismo”. Uma caricatura extremamente ignorante e de má-fé!
Ao olhar para o Brasil, Costa pesa a mão contra neopentecostalismo e a teologia do domínio. Com inúmeras entrevistas com Malafaia, Costa cria uma narrativa de que os evangélicos se uniram em um “movimento teocrático” para implantar um “Estado cristão”.
Costa é violenta contra os evangélicos. Ela diz que Bolsonaro ganhou os evangélicos dando “voz ao ódio”. Para ela, evangélico de direita é movido por ódio de dominação. Em nenhum momento, Costa faz ressalvas de evangélicos conservadores que se opuseram a mistura explosiva de bolsonarismo com evangelicalismo.
A narrativa é simples: evangélicos cresceram nos escombros da miséria do país que foi causada por um capitalismo selvagem, formando uma massa capturada pelo ódio bolsonarista que ameaçou a democracia brasileira chegando ao 08 de janeiro. Tudo começa com os evangélicos e termina com os evangélicos.
Boa parte das elites do progressismo odeia os evangélicos. Esse documentário prova isso! Costa santifica Lula e Alexandre de Moraes por, supostamente, terem evitado uma “teocracia” no Brasil. Elites da esquerda fazem de tudo e têm conseguido: empurrar os evangélicos para a direita.