O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 13 trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma fazenda de café no interior de São Paulo. Entre eles estavam paraibanos que foram atraídos por promessas de emprego e boas condições de vida, mas encontraram alojamentos precários e falta de direitos básicos.
Segundo a fiscalização, os trabalhadores não tinham carteira assinada, moravam em casas degradadas, com aluguel descontado do salário e precisavam comprar por conta própria equipamentos de proteção, como botas e luvas. Também dependiam do chamado turmeiro para transporte e moradia, ficando vulneráveis a ameaças caso atrasassem pagamentos.
A operação, realizada entre 22 de agosto e 6 de setembro, contou com apoio da Polícia Militar e Polícia Federal. O MTE determinou que o empregador registrasse os funcionários, pagasse verbas rescisórias e custeasse o retorno deles para suas cidades de origem.
Ao todo, foram pagos cerca de R$ 50 mil em rescisões e R$ 13 mil em ressarcimentos, além da liberação de seguro-desemprego para os resgatados. As investigações começaram após a abordagem de um ônibus que levava os trabalhadores para a fazenda.
O MTE orienta que denúncias sobre trabalho degradante podem ser feitas de forma anônima pelo Sistema Ipê, no site ipe.sit.trabalho.gov.br. A fiscalização alerta que casos como esse ainda atingem muitos nordestinos, inclusive paraibanos, em busca de oportunidades fora do estado.
PB Agora