Depois da operação das polícias no RJ, muitos filhos de Marx e Rousseau se manifestaram. Os filhos de Marx viram uma oposição de classes dentro do crime organizado: os opressores estão na Faria Lima fraudando por meio do mercado financeiro, os oprimidos que não tiveram oportunidades estão nas comunidades.
Consequentemente, para os filhos de Marx, o foco do Estado deve ser o combate ao crime na Faria Lima, evitando operações nas comunidades, mesmo que estas estejam também dominadas pela criminalidade de pequenos “oprimidos”.
Os filhos de Marx veem uma sobreposição de classe até onde não existe. A verdade é que a lavagem de dinheiro do crime organizado no mercado financeiro precisa ser confrontada tal qual a criminalidade das comunidades. As pessoas das comunidades que sofrem agora têm pressa.
Por sua vez, os filhos de Rousseau acreditam na bondade da natureza humana. Para eles, o selvagem é naturalmente bom, tendo sido corrompido pela sociedade. No mundo dos filhos de Rousseau, os selvagens precisam ser educados por meio de diálogo, não combatidos pela força do confronto.
Para os filhos de Rousseau, o combate ao crime organizado nas comunidades deve ser operado, fundamentalmente, por meio de diálogo, educação e esportes. O uso da força deve ser evitado porque “causa mais danos”.
Filhos de Marx e Rousseau se afastaram da visão bíblica do pecado original. E começaram a distorcer e negar a realidade. Tais filhos são aqueles que dominam gabinetes de “especialistas” e também muitas das entidades que defendem, na prática, direitos apenas para os manos.
