Poucos dias após ter um show cancelado em João Pessoa, o rapper Oruam volta ao centro de uma nova polêmica. A Justiça do Rio de Janeiro expediu, nesta terça-feira (22), um mandado de prisão contra o artista, que foi indiciado por seis crimes após, segundo a Polícia Civil, impedir a apreensão de um menor procurado por roubo e atacar policiais durante uma operação no bairro do Joá, na Zona Oeste do Rio.
De acordo com a polícia, Oruam teria ajudado o adolescente conhecido como “Menor Piu”, segurança de um dos chefes do Comando Vermelho a escapar da viatura descaracterizada onde estava sendo conduzido. O episódio envolveu ainda agressões contra agentes, incitação à desordem, desacato e, segundo a corporação, uma tentativa de frustrar uma ação legal do Estado.
Logo após o ocorrido, o rapper teria se refugiado no Complexo da Penha e gravado vídeos debochando da Justiça e da polícia.
“Aí! Eu quero ver você vir aqui, pô! Me pegar aqui dentro do complexo! Não vai me pegar, sabe por causa de quê? Que vocês peida!”, disse em um dos trechos publicados nos stories. Em outro, afirmou: “Lá no Joá vocês vai me envergonhar mesmo. A troco de nada. Mas o que que nós fez? Nós é artista, p*rra. Vai tomar no c*! Ontem eu tava com o Travis Scott! E eu sou filho do Marcinho, seus filhas da p*ta!”, fazendo referência ao pai, o traficante Marcinho VP, apontado como um dos chefes do Comando Vermelho.
Felipe Curi, chefe da Polícia Civil do RJ, foi categórico ao falar sobre o rapper: “Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho, facção que o pai dele, o Marcinho VP, controla a distância de fora do estado, mesmo estando preso em presídio federal”, declarou em entrevista à TV Globo.
O artista, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, já havia sido preso em flagrante em fevereiro deste ano por abrigar um foragido da Justiça em sua residência. Na ocasião, também foi encontrado armamento com kit-rajada. Além disso, ele é investigado por disparos de arma de fogo em um condomínio de luxo em São Paulo no final de 2023.
A defesa de Oruam informou que ainda não teve acesso ao inquérito policial e, por isso, não irá se manifestar neste momento.
PB Agora