É verdade: em várias áreas da administração federal brasileira já temos mazelas suficientes para sufocar o cidadão no dia a dia. Na economia essas mazelas atingem a todos, mas especialmente o seu João e a dona Maria, que pouco entendem de economia de mercado, quase nada de fluxos internacionais, e muito menos compreendem por que o transporte público é tão caro e deficiente, ou por que os gastos na educação nunca se traduzem em melhoria real nas escolas. O que eles realmente entendem e sentem no dia a dia é simples: o preço do açougue, da padaria, da farmácia e do consultório médico, que pesa cada vez mais no bolso.
Redução de tarifas, ou até tarifa zero, é o que realmente buscamos para aliviar o duro sofrimento do nosso povo. Por isso é imprescindível que o governante brasileiro, o presidente Lula, seja mais cuidadoso e ajuizado ao falar, para que suas declarações públicas não gerem consequências desastrosas justamente para quem está sob seus cuidados.
A famosa picanha prometida já não esperamos mais. Vamos comprá la quando pudermos, como sempre fizemos, embora saibamos que nos congeladores do Palácio do Planalto há picanha de sobra para ser servida ao presidente, à família e aos amigos.
Do outro lado, Donald Trump deu um bom sinal ao eliminar grande parte dos impostos sobre mercadorias brasileiras que entram nos Estados Unidos. O mínimo que se espera de nós brasileiros é sensatez e responsabilidade ao responder a esse gesto. E, segundo se comenta, essa conquista não veio da classe política ou diplomática brasileira, mas sim da atuação de lobistas poderosos que trabalham nos bastidores, gente que nem conhecemos, mas que move engrenagens determinantes.
América bem, Brasil bem.
É disso que o nosso povo sofrido precisa.
O resto é conversa de botequim, dita por desocupados e irresponsáveis de plantão.
Elcio Nunes
Cidadão brasileiro


