As Unidades de Conservação (UCs) são importantes espaços para a proteção e conservação de recursos naturais. Na Paraíba, entre essas áreas tidas como “santuários naturais”, destaques para a Mata do Buraquinho, Mata Pau Ferro, Rio Paraíba, Pedra da Boca e Vale dos Dinossauros, entre outros. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que na Paraíba, 32.802 pessoas estão vivendo em unidades de conservação no estado, a maioria localizada em áreas urbanas.
Conforme o órgão, unidades de conservação são espaços onde os recursos ambientais são considerados muito relevantes, cujo Poder Público legalmente designa essas áreas para conservação.
Os números do IBGE se baseiam em dados levantados no Censo 2022.
Segundo o IBGE, quase 33 mil pessoas equivalem a 0,83% da população total do estado. Além disso, desse total, cerca de 31.753 pessoas estão em unidades de conservação em áreas urbanas, o que corresponde a 96,8% de todos os moradores dessas áreas na Paraíba.
O órgão responsável pelo levantamento destacou que essas áreas de unidades de conservação na Paraíba recebem pessoas e são concentradas nas categorias de uso sustentável, que reúnem 31.673 pessoas, o que representa 96,6% da população residente em áreas protegidas no estado. Esse tipo de área tem como objetivo conciliar conservação ambiental e bem-estar das populações locais.
Existem outras categorias de uso sustentável de áreas de conservação, também definidas pelo órgão, como Áreas de Relevante Interesse Ecológico (212 moradores) e as Florestas (21 moradores). Entre as Unidades de Proteção Integral, os Parques são os mais expressivos, com 970 residentes.
Ainda há categorias como Reservas Extrativistas e Refúgios de Vida Silvestre, que têm objetivos mais restritivos quanto ao uso dos recursos naturais. Na Paraíba, respectivamente, essas áreas têm 7 e 70 moradores.
Os indígenas representam 23,41% da população residente em Unidades de Conservação. Ao todo, são 7.678 indígenas vivendo nesses territórios no estado. Já os moradores quilombolas representam apenas 0,28% da população residente.
Em todo Brasil, mais de 11,8 milhões de pessoas residem em Unidades de Conservação (UCs) no território nacional. Essas áreas são legalmente constituídas para proteção da diversidade biológica, das espécies ameaçadas e de recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, além de focarem na restauração dos ecossistemas e na promoção do desenvolvimento sustentável.
A maioria dessas pessoas vive em áreas urbanas (78%), enquanto 21,29% estão em zonas rurais.
PB Agora
Foto: Arquivo/Pesquisadores e Acervo CMBIL