Um recente levantamento realizado pelo portal de notícias Uol revelou que a Paraíba é o estado com o menor custo médio do país para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação na categoria AB, que inclui carro e moto. De acordo com os dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) o valor cobrado aos futuros condutores paraibanos é de R$ 1.950,40, considerado o mais acessível do Brasil.
Mesmo com o título de estado mais barato para se habilitar, a Paraíba ainda enfrenta desafios para ampliar o acesso ao documento, mas o valor reduzido em comparação a outras regiões é visto como um fator positivo para a inclusão social e a mobilidade de seus cidadãos.
Entre as regiões onde o valor é mais acessível, São Paulo aparece na segunda posição com o custo inferior a R$ 2 mil, com média de R$ 1.983,90. Na sequência, o ranking ainda mostra Alagoas (R$ 2069,14), Espírito Santo (R$ 2.338,76) e Rondônia (R$ 2.355,22), entre os cinco estados com menor valor para retirada do documento.
O levantamento também aponta o contraste com os preços cobrados no Rio Grande do Sul, onde o processo chega a R$ 4.951,35, estado considerado com o processo de CNH AB mais caro do país. Nessa escala, os gaúchos são seguidos pelo Mato Grosso do Sul (R$ 4.477,95), Bahia (R$ 4.120,75), Minas Gerais (R$ 3.968,15) e Santa Catarina (R$ 3.906,90).
Apesar da vantagem em relação aos preços, o estudo mostra que o custo da CNH ainda é um obstáculo para milhões de brasileiros. De acordo com o Perfil do Condutor Brasileiro, elaborado pelo Instituto Nexus, cerca de 20 milhões de pessoas dirigem sem habilitação no país, sendo que 32% apontam o alto valor como principal motivo.
O levantamento também revela que 80% da população considera a habilitação “cara” ou “muito cara”, e 66% acreditam que o valor não corresponde aos serviços prestados.
A dificuldade é ainda maior entre famílias de baixa renda. O estudo aponta que 81% daquelas que vivem com até um salário mínimo não possuem CNH. Nas regiões Nordeste e Norte, a proporção de pessoas sem habilitação chega a 71% e 64%, respectivamente, o que reforça o peso social do custo do documento.
Confira o levantamento:
PB Agora