Um incêndio de grandes proporções que já dura sete dias e tem devastado uma mata paraibana. Um crime ambiental. A operação para combater o incêndio na serra do Cruzeiro, na cidade de São José do Bonfim, no Sertão da Paraíba, foi reforçada em mais um dia com chamas, que já consumiram cerca de 40% na vegetação nativa. As informações foram confirmadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade da Paraíba (Semas-PB).
De acordo com a secretaria, foram mobilizados 70 bombeiros militares, com apoio da aeronave Acauã e nove militares da Polícia Militar. A expectativa é de que na sexta-feira (19), o efetivo de combate ao fogo seja reforçado com 37 novos bombeiros.
Além disso, um caminhão que comporta 12 mil litros de água, sete caminhonetes, dois quadriculos, um veículo UTV, dois drones de monitoramento, 39 mochilas com água e sete esguichos adicionais, com seis sopradores para debelar as chamas.
Também está sendo utilizado um monitoramento via satélite dos focos de calor, existentes na localidade através de plataforma do governo federal. Conforme um boletim emitido sobre a força-tarefa, com o reforço vai ser possível intensificar o combate aéreo e terrestre ao fogo.
O incêndio florestal na serra do Cruzeiro, na cidade de São José do Bonfim , no Sertão da Paraíba, já consumiu cerca de 40% da vegetação nativa no local.
O incêndio florestal de grandes proporções na serra do Cruzeiro, na cidade de São José do Bonfim , no Sertão da Paraíba, chega ao sexto dia e já consumiu cerca de 40% da vegetação nativa no local. Desde o início no último sábado (13/09), o Corpo de Bombeiros montou uma operação para conter as chamas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a serra do Cruzeiro tem 400 hectares no geral e até o momento foram consumidos o equivalente a 160 hectares em vegetação. Por conta do incêndio, animais de pequeno porte foram encontrados mortos por conta do fogo.
O tenente-coronel o tenente-coronel Danilo Galvão, que tem atuado no combate ao incêndio, informou que a área atingida é comumente alvo de incêndios criminosos, nas quais pessoas colocam fogo intencionalmente com o objetivo de “limpar terrenos” e também a ação de caçadores de animais, que para encontrar os bichos mais facilmente, ateiam as chamas.
O bombeiro explicou que devido a região que acontece o incêndio há problemas no acesso dos veículos, a mata fechada para o acesso por terra e também o fato do terreno ser íngreme.
A água utilizada para apagar o fogo é levada nas costas dos agentes, porque os carros que poderiam ser usados para levar o material não conseguem ter acesso ao local. A serra também é distante de lugares em que o líquido está disponível para reabastecimento, segundo os Bombeiros.
A suspeita da Polícia Civil é que o incêndio tenha sido causado por caçadores de animais tendo sido iniciado de forma criminosa. Um inquérito foi aberto pela PC para investigar as causas do incêndio e localizar os responsáveis pelo crime ambiental.
Redação
Fotos: Major Galvão/Corpo de Bombeiros