Mulheres presas durante a Operação Hope, deflagrada nesta quarta-feira (23) na Paraíba, emprestavam contas bancárias para traficantes ligados à maior facção criminosa em atividade no estado. Segundo a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), as contas eram usadas para movimentar grandes volumes de dinheiro provenientes do tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro. A movimentação financeira ultrapassava milhões de reais por mês.
De acordo com as informações além de participarem da revenda de entorpecentes, as mulheres atuavam como suporte financeiro da facção.
A operação teve como foco o núcleo de apoio ao traficante preso em janeiro deste ano, na zona rural de Campina Grande. A partir dessa prisão, a Polícia Civil conseguiu mapear toda a estrutura de funcionamento da facção criminosa, incluindo os responsáveis pela circulação de dinheiro e suporte logístico.
A facção atua fortemente em bairros de João Pessoa, como Tambiá, Padre Zé e parte do Centro, e mantém ramificações em outras cidades.
A Operação Hope cumpriu 70 mandados judiciais, sendo 25 de prisão preventiva, nos municípios de João Pessoa, Santa Rita, Conde, Campina Grande e Remígio, além de três unidades prisionais. A ação foi realizada de forma integrada entre a Polícia Civil, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e a Secretaria de Administração Penitenciária.
Até o início da tarde, 22 pessoas já haviam sido presas, mas a expectativa é que o número total de capturas chegue a 26 ainda hoje.
PB Agora