Os motoristas da empresa Expresso Guanabara na Paraíba entraram em greve nesta segunda-feira (30), após o fim do prazo legal de 72 horas do edital de paralisação publicado pelo Sindicato dos Motoristas. A informação foi confirmada pelo presidente da entidade sindical, Ronne Nunes, por meio de comunicado oficial direcionado à categoria e à população.
De acordo com Ronne, a paralisação foi motivada pela falta de avanços nas negociações salariais e trabalhistas com a empresa. Uma mesa redonda foi realizada, mas, segundo ele, a Guanabara se recusou a apresentar qualquer proposta à categoria.
“Companheiros e companheiras do sistema de transporte, passando aqui para comunicar que hoje, dia 30 de junho, a Guanabara amanheceu em greve. Os rodoviários estão em greve junto com o sindicato. Já houve uma mesa redonda, mas não teve negociação. A Guanabara não quer dar nada para o trabalhador” afirmou.
A paralisação atinge linhas operadas pela empresa em território paraibano, o que pode causar transtornos para os passageiros que dependem do serviço. Segundo o sindicato, a decisão foi aprovada em assembleia com os trabalhadores e seguiu todos os trâmites legais, incluindo a publicação do edital de greve e o prazo de aviso.
A greve teve início às 6h da manhã, simultaneamente nas garagens da empresa em Bayeux, nos fundos da antiga sede da Polícia Rodoviária Federal e em Cajazeiras, no Sertão do estado, de ondem partem os ônibus da empresa nos dois extremos da Paraíba.
A pauta mínima da categoria inclui quatro principais reivindicações: reajuste salarial de 8%; fim do banco de horas; fornecimento do vale-alimentação durante os 12 meses do ano; e igualdade no acesso ao plano de saúde para todos os funcionários, nas mesmas condições oferecidas aos trabalhadores mais antigos da empresa.
Até o momento, a Expresso Guanabara não se pronunciou oficialmente sobre a paralisação. O sindicato afirmou que permanece aberto ao diálogo, mas garantiu que o movimento grevista seguirá até que a empresa se disponha a negociar com os representantes dos trabalhadores.
PB Agora