O padre George Batista se pronunciou nesta segunda-feira (12) sobre a difícil realidade enfrentada pelo Hospital Padre Zé, destacando sua frustração com a falta de retorno dos bens que foram dilapidados. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM.
Liderando a instituição, o padre explicou que, embora o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público garanta um certo alívio financeiro para o hospital, as emendas parlamentares recebidas ainda são insuficientes para cobrir todas as despesas da instituição.
Ele também mencionou o alto custo financeiro resultante de um empréstimo contraído durante a gestão do padre Egídio de Carvalho, que obriga o hospital a pagar uma parcela mensal de R$ 300 mil. “Esse empréstimo de R$ 300 mil, que voltamos a pagar desde dezembro, compromete o pagamento da folha de salários todos os meses. O dinheiro das emendas é destinado a outros fins, e não podemos usá-lo para pagar salários, pois já vem ‘carimbado’”, afirmou padre George.
Questionado sobre os valores desviados da instituição e ainda não devolvidos, o religioso expressou frustração, mas afirmou que continua confiando nas ações das instituições responsáveis. “Estamos criando novos projetos, aprendendo a buscar alternativas fora do habitual. Sobre os valores desviados, dói, mas tenho fé de que, um dia, esses recursos vão voltar. Pode demorar oito, dez anos, mas espero que, até lá, o hospital continue de pé”, concluiu.
Redação