O governo federal lançou nesta segunda-feira, 30, o Plano Safra 2025/2026, que contará, ao todo, com 89 bilhões de reais destinados à produção agrícola, modernização e apoio à agroecologia. Essa cifra representa um aumento de 3,85%, renovando o recorde para o setor.
Apesar da elevação da taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, foram mantidas as taxas de juros de 3% ao ano para o custeio de agricultores familiares e de 2% para a produção de alimentos orgânicos e da sociobiodiversidade. Para as demais linhas, as taxas vão variar de 0,5% a 8% ao ano, ante até 6% ao ano do ciclo anterior (2024/2025).
Especificamente para o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), serão destinados 78,2 bilhões de reais – um crescimento de 2,9% em relação ao plano anterior. Comparado ao início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a expansão do orçamento chega a 47,5%.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, destacou o crescimento no número de contratos, que passou de 90 000, no fim de 2022, para 2,9 milhões em junho deste ano. “Tínhamos o desafio de tornar esse plano nacional”, afirmou durante a cerimônia de lançamento. “Registramos um aumento nos contratos de 94% no Nordeste, 33% no Norte e 40% no Sudeste.”
Além do Pronaf, também serão destinados recursos para o seguro agrícola (5,7 bilhões de reais no Proagro Mais), assistência técnica (240 milhões de reais) e 42,2 milhões para o Programa de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio).
Há ainda investimentos previstos para a mecanização da agricultura familiar, ações voltadas para as mulheres do campo e iniciativas de regularização fundiária. Entre as novidades, há uma linha específica para agroecologia e outra para quintais produtivos. Cada uma tem limite de crédito de até 20 mil reais e juros de 0,5% ao ano.
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