Em 15 de julho, Marcos do Val pediu autorização a Alexandre de Moraes para fazer uma viagem a Miami com a filha, a companheira e a enteada. Moraes, no entanto, negou o pedido do parlamentar. A notificação chegou a seus advogados apenas na quinta, quando Do Val já havia embarcado.
A ordem de apreensão do passaporte, determinada por Moraes, foi mantida em março pela Primeira Turma do Supremo, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.
Do Val argumentou que entrou nos Estados Unidos legalmente, já que seu passaporte diplomático ainda não havia sido apreendido pela Polícia Federal.
“A minha filha nasceu aqui, é norte-americana”, disse o senador durante uma transmissão ao vivo na quinta-feira “Eu estou na Disney, vim passar férias”.
A fala do parlamentar desta quinta foi diametralmente oposta a uma nota oficial emitida por ele poucas horas antes. Na manifestação anterior, Marcos do Val disse que comunicou previamente sua viagem ao Senado, ao Supremo Tribunal Federal, à Polícia Federal e ao Ministério das Relações Exteriores. Mas omitiu a informação de que não havia tido retorno por parte de Moraes.
“Apesar de está sofrendo graves violações das minhas prerrogativas parlamentares, até o momento, não há qualquer decisão judicial válida que restrinja a minha liberdade de locomoção. Continuo exercendo plenamente meu mandato e mantendo agendas institucionais”, disse o parlamentar.
O Antagonista