O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), reagiu nesta quinta-feira (24) às declarações do senador Efraim Filho (União Brasil), que avaliou que o grupo governista corre o risco de não apresentar um nome competitivo para a sucessão estadual em 2026. A resposta do chefe do Executivo estadual veio durante solenidade de assinatura de convênios com os hospitais Help e Antônio Targino, em Campina Grande.
“Não vou fazer comentário sobre quem está esperando que haja rompimento do governo apenas para poder ter um candidato”, disparou Azevêdo, sem citar nomes diretamente, mas em clara alusão ao senador oposicionista.
A fala do governador foi interpretada como uma resposta à recente entrevista de Efraim, que criticou a articulação política do governo para a formação da chapa majoritária e afirmou que a base estaria “batendo cabeça”. Segundo o senador, há uma disputa interna na coalizão governista, o que poderia fragilizar o projeto de continuidade do grupo no Palácio da Redenção.
Azevêdo preferiu não entrar em polêmica direta, mas deixou claro que sua liderança na condução do processo sucessório está mantida e que qualquer decisão será tomada com base no diálogo com os partidos aliados.
A movimentação de nomes dentro da base aliada, como o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), tem sido vista por analistas como reflexo natural de um grupo político consolidado — e não como sinal de desorganização, como alega a oposição.
Cenário político em formação
A disputa pela sucessão estadual em 2026 vem ganhando corpo e, até aqui, Efraim Filho é um dos nomes da oposição que já declarou oficialmente sua pré-candidatura ao governo. Ele articula uma aliança com o PL e outros partidos de direita, buscando construir uma federação de oposição ao PSB na Paraíba.
Do lado governista, a definição do nome que encabeçará a chapa deve ocorrer em 2026, após debates internos entre os partidos que sustentam a gestão de João Azevêdo. Até lá, o governador evita antecipar definições, mas reforça a importância da coesão na base.