Atual presidente da CMO, condenou o tripé nefasto do Custo Brasil: impostos altos, burocracia e insegurança jurídica.
O senador Efraim Filho foi um dos painelistas do iFood Move 2025, maior evento para restaurantes e delivery da América Latina que aconteceu em São Paulo nos dias 5 e 6 de agosto, reunindo cerca de 12 mil pessoas, entre líderes e empreendedores do setor de alimentação e serviços. O objetivo foi debater os desafios e oportunidades do mercado brasileiro.
No painel “Na Pele do Empreendedor”, Efraim, único agente político com mandato convidado para palestrar, fez uma fala marcada pela firmeza e otimismo em defesa de reformas estruturantes e da valorização de quem move a economia do país.
O parlamentar da Paraíba exaltou os empreendedores presentes, a quem intitulou “heróis da resistência”, pela capacidade de inovar e gerar empregos, mesmo diante do que classificou como “tripé nefasto do Custo Brasil”: a alta carga de impostos, a complexidade burocrática e a insegurança jurídica.
Apresentando dados que evidenciam o peso do sistema atual — como o fato de empresas brasileiras gastarem mais de 1.400 horas por ano apenas para cumprir obrigações tributárias —, Efraim reforçou a necessidade de enfrentar o “manicômio tributário brasileiro” com medidas concretas que promovam a simplificação tributária e um ambiente de negócios mais justo no país.
“Reconhecer os problemas é fundamental, mas não é suficiente. A única forma de vencer a burocracia é com mais trabalho, mais diálogo e com as reformas certas que precisam acontecer com celeridade em nosso país”, afirmou.
Como presidente da Frente Parlamentar do Comércio e Serviços e relator do projeto que combate o devedor contumaz, Efraim disse trabalhar incansavelmente para separar quem enfrenta dificuldades legítimas de quem utiliza a sonegação como estratégia de concorrência desleal. Na presidência da Comissão Mista de Orçamento, disse defender o equilíbrio fiscal por meio da qualificação dos gastos públicos, sem aumento da carga tributária.
O parlamentar paraibano encerrou sua participação, citando o escritor Ariano Suassuna: “Ariano dizia que o otimista é um tolo e o pessimista é um chato. Por isso, era um realista esperançoso. Eu também me considero assim. Sou realista porque conheço os desafios que vocês enfrentam e esperançoso porque sei que, com trabalho sério, diálogo e parceria, estamos construindo as soluções para transformar o Brasil em um país onde empreender não seja mais um ato de heroísmo, seja a consequência natural de um país que funciona para todos”, finalizou.