O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados escolheu Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MT) como relator do processo que pode fazer Eduardo Bolsonaro (PL-SP) perder seu mandato. O parlamentar escolhido é alinhado às pautas do bolsonarismo e, recentemente, defendeu a invasão das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado para pedir liberdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Eduardo foi acusado de quebra do decoro parlamentar por deputados do Partido dos Trabalhadores. A representação argumenta que o Zero Três teria praticado atos incompatíveis com o seu mandato por ter incentivado e ajudado a elaborar punições a autoridades brasileiras por conta do andamento do caso do golpe de estado — que condenou seu pai a uma pena de 27 anos e três meses de prisão.
A representação afirma que Eduardo tem usado de suas prerrogativas e visibilidade como deputado para atentar contra as instituições brasileiras. A intervenção dele no caso do golpe de estado lhe rendeu uma denúncia criminal apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no começo da semana.
Freitas, que foi escolhido para ser relator da representação no Conselho de Ética, defende pautas similares às de Eduardo — como a anistia ampla, contemplando tanto os radicais do 8 de janeiro quanto os líderes da trama golpista, o que incluir Jair Bolsonaro.
“Sim, eu defendo anistia! Sou totalmente contra a censura! Eu sou favorável ao impeachment de Alexandre de Moraes e entendo que o Supremo ultrapassou os limites constitucionais de sua função institucional”, disse o deputado em uma publicação feita em agosto nas suas redes sociais.
Além disso, Freitas foi filiado ao PSL, partido que levou Bolsonaro ao Planalto nas eleições de 2018. A sigla se fundiu ao DEM e hoje é o União Brasil, atual sigla do relator da representação que pode fazer Eduardo perder seu mandato.
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