Na madrugada do último sábado (05), a Polícia Militar frustrou uma tentativa de sequestro e prendeu um dos envolvidos no crime, na cidade de Gurjão, no Cariri paraibano. A vítima da ação foi o empresário Bueno Aires, já conhecido por estar no centro de investigações sobre movimentações suspeitas com criptoativos.
Segundo apuração da reportagem, Bueno entrou em contato com a polícia por volta da meia-noite, relatando a presença de um veículo Toyota Hilux SW4 branca, com vidros escuros, estacionado há cerca de 30 minutos em frente à sua residência. O empresário afirmou nunca ter visto o carro na cidade e desconfiou da situação.
Uma guarnição do 11º Batalhão da PM foi até o local e encontrou o veículo desligado. Os policiais tentaram verbalizar com os ocupantes, pedindo que saíssem do carro. No entanto, o veículo foi ligado repentinamente e os suspeitos ignoraram a ordem de parada, fugindo e disparando contra a viatura.
Durante a perseguição, os policiais revidaram para cessar a agressão e proteger a equipe. Minutos depois, o veículo capotou na BR-412, nas proximidades do bar de Anchieta. Um dos suspeitos morreu no local do acidente, enquanto outros três conseguiram fugir a pé. Câmeras de segurança da região registraram parte da movimentação.
No interior do veículo, a polícia encontrou balaclavas (toucas ninjas), enforca-gatos e roupas camufladas, reforçando a versão de Bueno, que relatou estar sendo ameaçado de sequestro.
Prisão e Confissão
Ainda durante as diligências, por volta das 9h30 da manhã do mesmo sábado, os policiais localizaram Leomax de Lima Venâncio tentando escapar nas proximidades do local do acidente. Ele foi preso e, segundo a PM, confessou participação no crime, revelando que seria o responsável pela parte técnica de uma possível transferência bancária da conta de Bueno para integrantes da quadrilha.
Leomax foi conduzido à delegacia com um aparelho celular apreendido. A Polícia Militar segue em buscas para localizar os outros dois envolvidos que conseguiram fugir após o capotamento.
Investigações em Andamento
Apesar de ser alvo de outra investigação envolvendo a empresa Fiji Solutions e suspeitas de fraudes com criptomoedas, Bueno Aires foi tratado como vítima neste caso, prestou depoimento e foi liberado.
As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar.
Há uma suspeita de que os sequestradores podem ter sido contratados por investidores que perderam dinheiro na FIJI. De acordo com as informações, os investidores ficaram sabendo que Bueno estaria operando com o dinheiro deles e tendo lucros, se beneficiando da demora da justiça decidir sobre o caso.
Com informações do Polêmica Paraíba
