O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou há pouco a ordem executiva que estabelece a sobretaxa de 50% sobre as importações provenientes do Brasil. A medida, contudo, conta com uma extensa lista de exceções que inclui alguns dos produtos que mais preocupavam empresas e autoridades brasileiras, devido ao forte impacto que a tarifa exerceria na demanda americana e, por tabela, na economia verde-amarela.
As exceções foram divulgadas no anexo 1 da ordem executiva, um documento de 145 páginas. Entre eles, estão a polpa e o suco de laranja, minério de ferro, produtos siderúrgicos, petróleo e aviões. Artigos de madeira, além de papel e celulose também foram contemplados.
No conjunto, pelo menos 47% das exportações brasileiras para os Estados Unidos serão beneficiadas pela lista de exceções. Considerando-se os 40,4 bilhões de dólares que o país embarcou para os conterrâneos de Trump, isso significa, no mínimo, 19 bilhões de dólares que não serão sobretaxados com os 40% adicionais, pagando apenas os 10% anunciados em 2 de abril.
Outras mercadorias importantes, no entanto, ficaram de fora. É o caso do café e da carne. O primeiro respondeu, no ano passado, por 4,7% das exportações brasileiras para os americanos, o equivalente a 1,9 bilhão de dólares. Já a carne bovina contribuiu com 945 milhões de dólares, ou 2,3% do total exportado para lá. As exceções também não contemplam as exportações de frutas.
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