Israel, finalmente, atacou instalações nucleares iranianas. O risco é de uma guerra ampla e geral no Oriente Médio. A questão é: o ataque de Israel contra o Irã se justifica como uma guerra justa?
A ideia de guerra justa encontra amparo nas Escrituras Sagradas e na tradição cristã. No Antigo Testamento, o povo de Deus teve de entrar em guerra com outros povos para se proteger de ameaças existenciais. Na história da Igreja, existe toda uma tradição sobre resistência à tirania e legitimidade de guerra contra ameaça existencial.
Por princípio, quando um país representa uma ameaça existencial a outro, este último pode se proteger até mesmo por meio de conflito bélico. O conflito pode não ser moralmente desejável, mas ainda assim legítimo!
O Irã tem enriquecido urânio e, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica vinculada à ONU, pode chegar a produzir 10 bombas nucleares.
Historicamente, o Irã deseja o fim do Estado israelita, portanto, do povo de Israel. Então, em um momento de muita fragilidade do regime ditatorial iraniano, Israel acertadamente agiu contra instalações nucleares e militares iranianas para se proteger.
O risco de uma escalada é grande. Que Deus não permita! Por outro lado, o risco de Israel ver o Irã com bombas nucleares em seu arsenal ameaçando a própria existência do povo israelita justifica a ação militar.
Portanto, uma coisa é não desejar e lamentar, profundamente, conflitos bélicos e militares. Mas quando esses conflitos são justos, por necessidade existencial, é preciso reconhecer a correição da ação de um povo em legítima defesa contra uma ditadura ameaçadora.
Anderson Paz