O presidente dos EUA, Donald Trump, iniciou seu discurso à nação nesta quarta-feira (17) elogiando os esforços de seu governo para conter o fluxo de imigração ilegal e criticando duramente seu antecessor, o ex-presidente Joe Biden, por sua gestão da questão da fronteira.
“Nos últimos sete meses, nenhum imigrante ilegal entrou em nosso país, um feito que todos diziam ser absolutamente impossível. Vocês se lembram de quando Joe Biden disse que precisava que o Congresso aprovasse uma legislação para ajudar a fechar a fronteira?”, disse o líder republicano em um pronunciamento na Casa Branca.
“Como se viu, não precisamos de legislação. Só precisamos de um novo presidente. Herdamos a pior fronteira do mundo e rapidamente a transformamos na fronteira mais forte da história do nosso país”, acrescentou.
Como presidente e como candidato, Trump fez da imigração uma de suas principais bandeiras.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Quinnipiac divulgada esta semana, 54% dos eleitores registrados desaprovam sua atuação em relação às questões de imigração, enquanto 44% a aprovam.
Autoridades do governo Trump têm repetidamente alardeado a drástica queda nas travessias de fronteira — uma tendência que começou em 2024, depois que o ex-presidente Joe Biden implementou restrições rigorosas ao asilo na fronteira entre os EUA e o México naquele verão.
O baixo número de detenções na fronteira, no entanto, representa uma grande diferença em relação aos primeiros anos do governo Biden, quando, por vezes, centenas de pessoas cruzavam a fronteira para os Estados Unidos.
Diferentemente de seu primeiro mandato, Trump concentrou sua repressão à imigração principalmente no interior do país — intensificando as prisões de imigrantes indocumentados residentes nos Estados Unidos e aumentando as deportações.
O Departamento de Segurança Interna anunciou este mês que realizou mais de 600 mil deportações desde que Trump assumiu o cargo em janeiro.
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