Sem apresentar provas ou dados concretos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a acusar o governo de Nicolás Maduro de roubar petróleo norte-americano, o que motivou o bloqueio marítimo na Venezuela. A declaração do líder republicano ocorreu nesta quarta-feira (17/12).
De acordo com Trump, o bloqueio contra embarcações sancionadas por Washington não será rompido. “Não vamos deixar ninguém que não deva passar [pelo bloqueio]”, disse Trump à mídia norte-americana. “Eles [governo Maduro] tomaram todos os nosso direitos de energia, eles tomaram todo o nosso petróleo há não muito tempo, e nós os queremos de volta”.
Nessa terça-feira (16/12), o presidente dos EUA já havia feito acusações semelhantes contra o líder venezuelano.
Ao anunciar o bloqueio naval em águas da Venezuela, Trump afirmou que o “regime ilegítimo de Maduro” é responsável pelo roubo de “petróleo, terra e outros ativos” dos EUA. Até o momento, porém, não está claro no que as falas do norte-americano estão baseadas.
As recentes declarações vindas de Washington, contudo, mudam a retórica que vinha sendo utilizada para justificar a mobilização militar dos EUA na América Latina e Caribe, e dão um novo plano de fundo para a ofensiva.
Desde agosto, navios de guerra, fuzileiros, um submarino nuclear, caças F-35 e, até mesmo, o porta-aviões USS Gerald R. Ford foram enviados para a região. O objetivo, segundo a administração Trump, é combater o tráfico de drogas que passa no local rumo aos EUA. Em meio à escalada, um navio petroleiro que transportava petróleo venezuelano também foi apreendido no Caribe.
Enquanto isso, Maduro é apontado como chefe do cartel de Los Soles, mesmo grupo classificado, recentemente, como organização terrorista internacional pelo Departamento de Estado dos EUA.


